Rochet e Suárez lamentam confusão em eliminação do Uruguai e criticam colombianos: “Faltou empatia”
Rochet e Suárez lamentam confusão em eliminação do Uruguai e criticam colombianos: "Faltou empatia"
Goleiro do Internacional e atacante ex-Grêmio relatam preocupação com familiares que estavam na arquibancada: "Contra o Brasil ninguém passou na frente de nenhum jogador".
Por Redação do ge — Charlotte, EUA
A semifinal
entre Uruguai e Colômbia ficou marcada pela confusão ao fim da partida entre os
jogadores uruguaios e os torcedores colombianos. A briga que começou no campo
se estendeu para a arquibancada, e os atletas Rochet e Suárez criticaram a
postura dos adversários, alegando que os colombianos poderiam ter pedido calma
aos torcedores após a classificação.
— Eram os
(torcedores) colombianos que estavam criando o problema, eles (jogadores
colombianos) deveriam ter vindo para acalmar as águas, nós os respeitamos.
Teria sido bom contar com a empatia dos jogadores colombianos, mas isso é com
eles — disse Rochet, que completou:
— Felizmente, as famílias já foram para o hotel. Passamos por um momento feio que obviamente lamentamos, não é legal ver esses problemas e ver sua família a dois metros de distância.
A confusão
começou ainda no gramado. Segundo Luis Suárez, após o apito final e a
classificação colombiana, Miguel Borja teria provocado o atacante uruguaio, que
não gostou e foi tirar satisfação.
— Tudo
começou com um erro do Borja. Ele é profissional e tem que mostrar grandeza.
Outro dia vencemos e cumprimentamos os rivais. É uma falta de respeito. Ele
deve valorizar o rival e a tristeza que temos do outro lado, mas “o de
cima” sempre está olhando, e tudo volta — alfinetou Suárez.
— Contra o
Brasil, ninguém passou na frente de nenhum jogador do Brasil. Pelo contrário,
fomos cumprimentar. Somos colegas dentro de campo, sabemos o sentimento de uma
derrota — completou.
Segundo o
zagueiro José Giménez, os jogadores do Uruguai viram seus familiares sendo
provocados por torcedores colombianos e correram para as arquibancada para
ajudá-los. Ele fez duras críticas à organização da Conmebol. O ge flagrou
torcedores feridos após a confusão.
– Foi um
desastre, uma parte da torcida atacando as nossas famílias, muitos de nós com
crianças pequenas. Espero que os organizadores percebam, isso acontece sempre,
torcedores embriagados que se comportam assim – reclamou o jogador na
entrevista após o jogo.
Ignacio
Alonso, presidente da Associação Uruguaia de Futebol, disse que os jogadores do
Uruguai tiveram uma reação natural para defender familiares e crianças que
estavam por perto e criticou a organização da Conmebol na separação das
torcidas. O atacante Darwin Núñez, por exemplo, levou um soco no rosto de um
colombiano.
— Os
jogadores uruguaios tiveram uma reação instintiva, natural, que é defender as
crianças que estavam sofrendo ataques, suas esposas, pais, irmãos. É uma reação
natural, instintiva, que ocorreu com racionalidade pelo que os jogadores eram.
— Em todos
os torneios as famílias estão nas arquibancadas, normalmente há algum cordão ou
algo parecido, principalmente para um estádio que teve 95% comprado antes do
início da Copa América — disse Ignacio Alonso, presidente da AUF.
Em cena
flagrada pela câmera do sportv, o zagueiro Ronald Araújo, que foi desfalque no
jogo, apareceu mostrando a mão três vezes para os colombianos, lembrando as 15
conquistas de Copa América do Uruguai.
Na madrugada
desta quinta-feira, o perfil da Copa América nas redes sociais divulgou um
comunicado condenando “energicamente” qualquer ato de violência no
futebol.
A Colômbia
enfrentará a Argentina na final da Copa América, no domingo, às 21h, em Miami,
na Flórida. O Uruguai enfrentará o Canadá na disputa de terceiro e quarto
lugar, no sábado, no mesmo horário, em Charlotte.