Senado francês aprova nova versão da reforma da previdência; texto ainda precisa passar pelos deputados
Senado francês aprova nova versão da reforma da previdência; texto ainda precisa passar pelos deputados
193 parlamentares votaram a favor, 114 contra, de 307 eleitos. 38 abstiveram-se.
Por g1 16/03/2023 07h07 - Atualizado há 8 horas
O Senado da
França aprovou nesta quinta-feira (16) uma nova versão do texto para a reforma
da previdência proposto por um comitê de 14 congressitas.
193
parlamentares votaram a favor, 114 contra, de 307 eleitos. 38 abstiveram-se.
O texto
ainda precisa ser revisado e votado pela Assembleia Nacional, onde ficam os
deputados eleitos no país. Expectativa é de que o resultado da votação da
Assembleia saia ainda nesta quinta-feira.
A principal
mudança aumentará a idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos até
2030. A reforma propõe ainda antecipar para 2027 a contribuição por 43 anos e
não 42, como é atualmente, para que o aposentado receba a pensão integral. A
ideia com isso é que haja mais anos de contribuição e o governo possa
capitalizar mais dinheiro.
Macron promoveu as mudanças previdenciárias como fundamentais para sua visão de tornar a economia francesa mais competitiva. Os sindicatos permaneceram combativos na quarta-feira, pedindo aos legisladores que votassem contra o plano.
Dois terços
dos franceses, segundo pesquisas, são contrários ao plano proposto pelo
presidente.
Está marcada
para esta quinta-feira à tarde uma votação na Assembleia Nacional, onde a
situação é mais complicada. A aliança de centro de Macron perdeu a maioria nas
eleições legislativas do ano passado, obrigando o governo a contar com os votos
dos conservadores para aprovar o projeto. Os legisladores de esquerda e de
extrema direita se opõem fortemente e os conservadores estão divididos,
tornando o resultado imprevisível.
A aprovação
na Assembleia Nacional daria mais legitimidade ao plano, mas, em vez de
enfrentar o risco de rejeição, Macron poderia usar seu poder constitucional
especial para forçar o projeto de lei a ser aprovado no parlamento sem votação.