Serviço de inteligência alerta Trump sobre ameaças ‘concretas’ de morte vindas do Irã, diz campanha
Serviço de inteligência alerta Trump sobre ameaças 'concretas' de morte vindas do Irã, diz campanha
Comunicado diz que intimidação é esforço para desestabilizar e semear o caos nos Estados Unidos. Ex-presidente foi alvo de duas tentativas de homicídio desde julho.
Por g1
O serviço de
inteligência dos Estados Unidos alertou o candidato republicano e
ex-presidente, Donald Trump, sobre ameaças “reais e concretas” de
assassinato vindas do Irã, informou sua equipe de campanha em um comunicado
nesta terça-feira (24).
“Trump
foi informado mais cedo hoje pelo Escritório do Diretor de Inteligência
Nacional sobre ameaças reais e concretas do Irã para assassiná-lo, em um
esforço para desestabilizar e semear o caos nos Estados Unidos”, segundo o
comunicado.
A campanha
afirmou que os oficiais de inteligência identificaram que as ameaças iranianas
“aumentaram nos últimos meses” e que os oficiais do governo dos EUA
estão trabalhando para proteger Trump e garantir que as eleições de novembro
não sejam impactadas.
O Irã já
negou anteriormente as alegações dos EUA sobre interferência nos assuntos
americanos. A missão permanente do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU)
em Nova York e o serviço de inteligência os EUA não responderam os pedidos de
comentários da agência Reuters até a última atualização desta reportagem.
Tentativas de assassinato
Também nesta
terça, o homem que fez disparos nas proximidades de um campo de golfe de Donald
Trump, na Flórida, foi acusado por tentativa de assassinato contra o ex-presidente.
A decisão foi anunciada pelas autoridades norte-americanas.
Ryan Wesley
Routh, de 58 anos, foi preso no dia 15 de setembro após efetuar disparos perto
do local onde estava o candidato. Trump não ficou ferido. Com o atirador, as
autoridades apreenderam um fuzil AK-47 com mira e uma câmera.
O
republicano também foi alvo de uma tentativa de assassinato em julho, enquanto
fazia um comício. À época, o ex-presidente foi atingido de raspão por um
disparo. O atirador foi morto por um agente de segurança.
No início
deste mês, um homem paquistanês com supostas ligações com o Irã se declarou
inocente das acusações relacionadas a um suposto plano de assassinar um
político americano em retaliação pela morte em 2020 do comandante militar iraniano
Qassem Soleimani pelos EUA.
O réu nomeou
Trump como um alvo potencial, mas não concebeu o plano como uma intenção de
assassinar o ex-presidente, de acordo com uma fonte familiarizada com o
assunto.
Agências do
governo dos EUA informaram na semana passada que hackers iranianos enviaram
e-mails contendo materiais roubados da campanha do ex-presidente republicano
para pessoas envolvidas na até então campanha de reeleição do presidente
democrata Joe Biden, parte de um suposto esforço mais amplo de Teerã para influenciar
as eleições nos EUA.
Em agosto,
os Estados Unidos acusaram o Irã de lançar operações cibernéticas contra as
campanhas de ambos os candidatos presidenciais dos EUA. O Irã negou as
alegações.