Sete morrem em explosão perto de mesquita de Cabul

Sete morrem em explosão perto de mesquita de Cabul

Centro religioso é muito frequentado por membros do Talibã e fica perto da Zona Verde, o bairro das embaixadas e organismos internacionais da capital afegã. Estado Islâmico tem reivindicado ataques similares

Por France Presse  23/09/2022 11h20 Atualizado

Sete pessoas morreram e 41 ficaram feridas em uma explosão perto de uma mesquita em Cabul, no Afeganistão, frequentada por autoridades talibãs nesta sexta-feira (23).

A explosão, que ocorreu poucos minutos depois do final da oração desta sexta, aconteceu perto da entrada da mesquita Wazir Akbar Khan, perto da antiga Zona Verde, um bairro sob grandes medidas de segurança onde ficavam as embaixadas e as instituições internacionais antes do retorno dos talibãs ao poder em agosto de 2021.

A ONG italiana Emergency, que administra um hospital da capital, afirmou que recebeu “14 vítimas” da explosão. “Quatro já estavam mortas quando chegaram”, acrescentou. Mais tarde, a polícia local atualizou o número de vítimas para sete mortos e 41 feridos.

O porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran, confirmou que a explosão causou “vítimas”, mas não forneceu mais precisões.

Imagens nas redes sociais mostram um carro destruído e em chamas em uma estrada perto da mesquita.

Este templo já foi alvo de um atentado em 2020, no qual seu imã, um reconhecido religioso, morreu.

O número de atentados diminuiu no Afeganistão desde que os talibãs voltaram ao poder há um ano, mas não cessaram totalmente. Nesses últimos meses, várias mesquitas ou signatários religiosos foram vítimas de ataques.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindica a maioria dos atentados, muitos deles contra as minorias religiosas afegãs xiita, sufis e sikhs, mas também contra os talibãs.

Os responsáveis talibãs afirmam que controlam a segurança do país e minimizam os incidentes.

No entanto, os especialistas consideram que o EI, outro grupo sunita, mas com o qual mantêm uma profunda hostilidade e divergências ideológicas, continua sendo a principal ameaça contra o governo do Talibã.

 

 

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