Tarifa de energia deve subir, em média, 5,6% em 2023, estima Aneel
Tarifa de energia deve subir, em média, 5,6% em 2023, estima Aneel
Dado foi informado pela agência ao grupo de Minas e Energia do governo de transição; Impacto, no entanto, pode variar conforme cada distribuidora.
Por Jéssica Sant"Ana, g1 — Brasília 24/11/2022 05h01 Atualizado há 25 minutos
A Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que a tarifa de energia elétrica
vai subir 5,6%, em média, em 2023.
O dado foi
informado pela agência nesta quarta-feira (23) ao grupo de Minas e Energia do
governo de transição. Foi a primeira reunião entre os diretores da Aneel e a
equipe de transição do governo eleito.
O impacto,
no entanto, vai variar conforme cada distribuidora de energia. Segundo as
estimativas da Aneel:
7
distribuidoras devem ter reajuste superior a 10%
15
distribuidoras com reajuste entre 5% e 10%
17
distribuidoras devem ter reajuste entre 0% e 5%
13
distribuidoras devem ter reajuste inferior a 0%
A diferença
de percentuais se dá devido aos custos de compra, transmissão e distribuição de
energia, que variam conforme cada distribuidora, além de eventual crédito
tributário que a empresa possa ter direito. Os créditos tributários estão sendo
revertidos em favor do consumidor, atenuando os reajustes.
A Aneel destacou que os percentuais de reajuste são estimativas, que podem mudar até a homologação dos novos índices tarifários.
Os reajustes
nas tarifas de energia são feitos individualmente pra cada distribuidora.
Normalmente, é na data de aniversário do contrato de concessão.
A Aneel não
detalhou à equipe de transição os percentuais por tipos de consumidores:
conectados em alta tensão (grandes empresas e indústrias) e conectados em baixa
tensão (residenciais, rurais e pequenas empresas).
Histórico
Neste ano, o
reajuste da tarifa de energia para os consumidores residenciais está, em média,
em 10,83%, segundo os dados mais recentes da Aneel.
Os diretores
da Aneel também mostraram à equipe de transição que, nos últimos 12 anos, o
reajuste no país seguiu, em média, a variação do índice da inflação oficial –
medido pelo IPCA.
De acordo
com a agência, os percentuais entre as regiões têm sido desiguais, pesando mais
para os consumidores do Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Alta explicada,
principalmente, pelos custos de distribuição.