Trump culpa Zelensky por ajudar a iniciar guerra entre Ucrânia e Rússia
Trump culpa Zelensky por ajudar a iniciar guerra entre Ucrânia e Rússia
Candidato republicano criticou presidente ucraniano por não ter buscado acordo de paz com Moscou. Trump sugeriu que Ucrânia tenha que ceder território à Rússia.
Por Reuters
O candidato
republicano à Casa Branca, Donald Trump, culpou nesta quinta-feira (17) o
presidente Volodymyr Zelensky por ajudar a iniciar a guerra entre Ucrânia e
Rússia. O comentário sugere que Trump provavelmente mudará a política dos EUA
em relação ao conflito se for eleito presidente.
Trump tem
criticado Zelensky com frequência durante a campanha, chamando-o repetidamente
de “o maior vendedor da Terra”. Segundo o republicano, o presidente
ucraniano recebeu bilhões de dólares de ajuda militar dos EUA desde o início da
guerra em 2022.
O candidato
também criticou Zelensky por não buscar a paz com Moscou. Trump sugeriu que a
Ucrânia tenha que ceder parte do território à Rússia para fazer um acordo. A
Ucrânia descarta essa opção.
Os
comentários de Trump desta quinta-feira são um tom acima em relação às críticas
anteriores. Ele disse que Zelensky é o culpado não apenas por não ter
conseguido acabar com a guerra, mas por ter ajudado a iniciá-la. Lembrando que
foi a Rússia quem invadiu o território da Ucrânia.
“Isso
não significa que eu não queira ajudá-lo, pois tenho muita pena dessas pessoas.
Mas ele nunca deveria ter deixado a guerra começar. A guerra é uma derrota”,
disse o republicano.
Zelensky
apresentou a Trump seu “plano de vitória” para acabar com a guerra
durante uma reunião em Nova York em setembro. Ambos descreveram o encontro como
cordial.
Os
comentários públicos de Trump, entretanto, sugerem que ele pode tentar reduzir
a ajuda à Ucrânia se derrotar a democrata Kamala Harris nas eleições de 5 de
novembro.
O
republicano já disse diversas vezes que poderia encerrar o conflito antes de
assumir o cargo em janeiro, mas não disse como.
Kamala se
comprometeu a continuar apoiando a Ucrânia e retratou a vitória da nação do
leste europeu como um interesse vital da segurança nacional dos EUA. Ela
frequentemente repreende Trump por não estar disposto a enfrentar o presidente
russo, Vladimir Putin.