Vacina bivalente contra a Covid: saiba quem poderá tomar o imunizante a partir desta segunda-feira
Vacina bivalente contra a Covid: saiba quem poderá tomar o imunizante a partir desta segunda-feira
Vacina bivalente é uma atualização em relação aos primeiros imunizantes fabricados contra a Covid-19 e protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron.
Por Mariana Garcia, g1 27/02/2023 04h00 - Atualizado há 16 minutos
Começa nesta
segunda-feira (27) mais uma etapa da campanha de vacinação contra a Covid-19 no
Brasil. Nesta nova fase, as pessoas serão vacinadas com o reforço do imunizante
bivalente da Pfizer.
Nesta
primeira fase, serão imunizadas as pessoas acima de 70 anos, pessoas que vivem
em instituições de longa permanência (ILP), pacientes imunocomprometidos e
comunidades indígenas, ribeirinhos e quilombolas (veja datas abaixo).
Em seguida,
serão imunizadas as pessoas com mais de 60 anos, gestantes e puérperas,
trabalhadores de saúde, pessoas com deficiência e população privada de
liberdade. Estados e municípios podem definir seus próprios calendários. Por
isso, vale checar as datas antes de se deslocar para o posto de saúde.
Esta vacina
é uma atualização em relação aos primeiros imunizantes fabricados contra a
Covid-19 e protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes
ômicron.
O objetivo
do reforço com a bivalente é expandir a resposta imune específica à variante
ômicron e melhorar a proteção da população.
A meta é
vacinar 90% da população-alvo. Veja calendário:
– 27/02:
Pessoas acima de 70 anos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência
(ILP); pacientes imunocomprometidos (entenda mais abaixo) a partir de 12 anos;
e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
– 06/03:
Pessoas de 60 a 69 anos;
– 20/03:
Gestantes e puérperas;
– 17/04:
Trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos,
população privada de liberdade, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas
e funcionários do sistema de privação de liberdade.
Esquema
vacinal
A ideia é
dar a bivalente para quem já tem pelo menos duas doses, segundo Éder Gatti,
diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreviníveis. Ou seja, quem
só tomou uma dose até agora, vai ter que tomar ainda a segunda dose da primeira
versão da vacina para estar apto a tomar a bivalente.
Demais
grupos
Além dos
grupos prioritários, o ministério também quer intensificar a campanha com a
vacina monovalente para os maiores de 12 anos. A ideia é aumentar a cobertura
vacinal nesses outros públicos. A recomendação é:
– Uma dose
de reforço para quem tem até 40 anos.
– Duas doses
de reforço para quem tem mais de 40 anos.
A Pfizer,
assim como a Anvisa, reforça que a vacina monovalente original continua sendo
importante instrumento no combate à Covid-19.
Quem são
os imunossuprimidos?
As pessoas
com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas.
Não há
relação direta entre pessoas com comorbidades (que tinham doenças prévias como
hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares) e imunossuprimidos, embora as
duas condições possam ocorrer em um mesmo paciente.
O grupo dos
imunossuprimidos considera, por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo
com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o
paciente mais suscetível a infecções. São eles:
– Pessoas
transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
– Pessoas
com HIV e CD4 <350 células/mm3;
– Pessoas
com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose
de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com
corticoide e/ou ciclofosfamida;
– Pessoas em
uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
– Pessoas
com neoplasias hematológicas, como leucemias, linfomas e síndromes
mielodisplásicas;
– Pacientes
oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos
últimos seis meses.
“Os
imunossuprimidos são todas aquelas pessoas que recebem ou receberam tratamento
que mexe com o sistema imunológico, ou que têm alguma doença que deprime o
sistema imunológico.”, disse João Prats,
infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.