Vacina contra dengue é esperança, mas não é solução, diz ministra
Vacina contra dengue é esperança, mas não é solução, diz ministra
“A faixa mais vulnerável é a população idosa”.
Publicado por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil - Brasília
A ministra
da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quarta-feira (31), em Brasília, que a
vacina contra a dengue significa esperança diante da explosão de casos da
doença no país, mas não é a solução para o atual cenário epidemiológico em
razão da quantidade do imunizante disponibilizada pelo laboratório fabricante –
algo em torno de seis milhões de doses, o suficiente para imunizar três milhões
de pessoas, já que o esquema vacinal completo é feito com duas doses.
“A vacina é
nosso instrumento de esperança em relação a um problema de saúde pública que
tem quase 40 anos. Finalmente, temos vacina. Temos que celebrar. Mas, a vacina,
no quantitativo que o laboratório tem hoje para nos entregar e sendo uma vacina
de duas doses, numa situação como a que vivemos hoje, não pode ser apontada
como solução. Se o Ministério da Saúde fizesse isso, ele estaria errado. [A
vacina] não pode ser apontada como solução para esse momento agora,” observou.
Controle dos focos
“Neste
momento, agora, temos que lidar, principalmente, fazendo o controle dos focos e
cuidando de quem adoece por dengue. Essas são as medidas. A vacinação vai
seguir todos os critérios de prioridade que já divulgamos amplamente, definidos
junto a estados e municípios, priorizando uma faixa da população. A faixa mais
vulnerável é a população idosa, mas não temos vacina autorizada para essa
faixa. Por isso eu digo: a vacina é um instrumento. Não é o único e não é o de
maior impacto neste momento,” finalizou a ministra.
Edição:
Kleber Sampaio