Volkswagen suspende produção de carros no país
Volkswagen suspende produção de carros no país
Empresa diz que estagnação do mercado é causa da interrupção.
Publicado em 28/06/2023 - 14:26 Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil - São Paulo
A Volkswagen
informou que haverá parada de produção, temporariamente, em suas fábricas de
automóveis no Brasil. Segundo a empresa, a causa é “estagnação do mercado”.
De acordo
com a empresa, todas as ferramentas de flexibilização voltadas para os
trabalhadores, considerando a suspensão da produção, “estão previstas em acordo
coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”.
A fábrica de
São José dos Pinhais, Paraná, onde é produzido o T-Cross, está com um turno em
layoff (suspensão temporária de trabalho) desde o dia 5 de junho deste ano. A
duração prevista é de 2 a 5 meses. O outro turno da unidade está parado desde
segunda-feira (26) e ficará suspenso até sexta (30), em regime de banco de
horas.
A unidade de
Taubaté , em São Paulo, onde são fabricados o Polo Track e o Novo Polo, está
com os dois turnos de produção interrompidos desde o dia 26, também em regime
de banco de horas. A suspensão vai até sexta-feira (30),
A fábrica
Anchieta, em São Bernardo do Campo, também em São Paulo, onde são produzidos os
modelos Novo Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, está com férias coletivas de
dez dias previstas para os dois turnos de produção a partir de 10 de julho.
Incentivo do governo
A decisão da montadora ocorre mesmo após lançamento, no último dia 6, de um programa de incentivo do governo federal à indústria automotiva, que criou descontos temporariamente para compra de carros, ônibus e caminhões.
Especialistas
ouvidos pela Agência Brasil disseram que o pacote poderia não surtir o efeito
esperado sobre a indústria e que a curta duração e o volume de recursos do
programa de ajuda poderiam ter alcance limitado, que pouco mudará a situação do
setor.
Na ocasião
do anúncio do incentivo, o professor de economia do Ibmec, Gilberto Braga
elogiou o programa, mas questionou o prazo limitado de quatro meses e o
montante de R$ 1,5 bilhão, que considerou baixo. Para ele, o pacote está na
direção certa, mas precisaria ser ampliado para surtir efeito duradouro sobre a
indústria automotiva.
Edição:
Nádia Franco