Zubeldía diz entender pressão contra o seu trabalho no São Paulo: “As críticas a mim são justas”
Zubeldía diz entender pressão contra o seu trabalho no São Paulo: "As críticas a mim são justas"
Treinador admite problemas nos últimos jogos, mas confia no time nas quartas: "Começa outra história".
Por Redação do ge — São Paulo
O técnico
Luis Zubeldía admitiu, na noite deste domingo, depois da vitória do São Paulo
por 3 a 1 contra o São Bernardo, que a pressão sofrida contra o seu trabalho
nos últimos dias foi merecida.
O time ficou
por cinco rodadas sem vitórias, com três empates e duas derrotas. Por conta do
mau desempenho, o técnico passou a ter a continuidade no cargo questionada
dentro e fora do clube.
– Às vezes
as críticas são infundadas, às vezes tem fundamento sólido e devo reconhecer
que as cítricas a mim são justas, a equipe não estava funcionando bem, e nestes
cinco jogos que não ganhamos, a equipe não estava como deveria estar. Às vezes
você sente que merece as críticas, neste caso as críticas a mim são corretas.
Quando se está numa equipe grande e não se está bem, o mínimo é a crítica. É
trabalhar, ver se é uma questão tática, a responsabilidade 100% é minha, os
jogadores tem um compromisso de comunicação e de consolidação entre eles, mas
tivemos muitas mudanças.
– Para
alcançar objetivos importantes, possivelmente você passa por maus momentos. Aí
se vê o profissionalismo, os jogadores querem estar juntos, até agora não posso
falar nada contra o São Paulo, nem internamente nem externamente. Quando fui
criticado, foi justo. No fim do ano passado, nas últimas rodadas, e agora
nestes últimas cinco jogos. Vínhamos mal e o responsável sou eu.
O técnico
afirmou, porém, que nunca se sentiu ameaçado de demissão:
– Não. O que
se sente é vergonha quando passamos cinco partidas sem ganhar. Estamos numa
equipe grande e precisamos ganhar. No ano passado, classificamos na
Libertadores e nas últimas rodadas fiquei com vergonha como profissional, não
queríamos ganhar. Agora, que passamos cinco jogos assim, senti vergonha. Foi
aguentar as críticas, as que vieram a mim tinham total lógica.
Diante do
São Bernardo, o técnico desmanchou a equipe em linha de quatro e armou um São
Paulo no 3-5-2. O técnico afirmou que usou a partida para sentir a equipe num
novo desenho:
– Hoje se
viu o sistema tático diferente. Às vezes coloco dois jogadores e vejo a conexão
deles, às vezes coloco quatro ofensivos e vejo como funciona. Só posso observar
em jogos oficiais. São semanas de treinos em que se tem parte do elenco e outra
parte é só para se recuperar. Pode jogar mal, como estava no últimos jogos, sem
resultado positivo, como vinha sendo.
Embora
jogadores como Lucas, Oscar e Calleri tenham saído em defesa do técnico depois
da derrota contra a Ponte Preta e tenham colocado a culpa do mau momento nos
jogadores, o técnico disse que as coisas não se resumem a um problema de falta
de atitude.
– Quando se
entra num momento negativo, como foram nestes cinco jogos, não quero dizer que
é só atitude. Temos de ver se estamos correndo bem, o que falta, se temos
amplitude. No Brasileirão talvez a gente enfrente outras equipes, Dudu é muito
melhor que qualquer extremo daqui, que os das Ponte Preta, mas hoje eles estão
num nível que podem superar nossos zagueiros. Creio que vários jogos não
fizemos bem, não faltou atitude, pode ser que neste último eles sentiram que
não tiveram resposta, é bom o grupo ter essa autocrítica. Temos que melhorar e
corrigir.
– No
mata-mata, começa outra história, é apenas um jogo. Mas temos de estar bem
taticamente, com atitude boa, temos de estar juntos – destacou.